Anhanga

Anhangá ou Anhangüera supostamente "Coisa Ruim".

Ele é o protetor da caça no campo e nas florestas; Anhangá protege todos os animais contra os caçadores e quando a caça conseguia fugir os índios diziam que Anhangá ou Anhangüera as havia protegido e ajudado a escapar.

É um dos mitos mais antigos do Brasil colonial. O Anhanga traz para aquele que o vê, ouve ou pressente certo prenúncio de desgraça. Os lugares que se sabem ser freqüentados por ele são mal-assombrados. Tem várias formas, tanto humana quanto animal. Mas a figura com que as tradições o representam é de um veado branco, com olhos de fogo.

Nas cartas dos padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim fala-se de Anhanga como de um espírito malfazejo, temido pelos indígenas. O alemão Hans Staden chamou-o Ingange. O franciscano André Thevet registrou-o também. São todos do século XVI. Thevet (1558) notou que o Anhangá não tinha forma positiva. O certo era atormentar os viventes. Jean de Léry, o huguenote macio e doce, anotou o seu complicado Aygnhan, irmão de Agnan de Thevet, atormentador das gentes tupinambás. Até a lembrança do Aygnhan os fazia sofrer.

Onde a mesma assobia, a caça desaparece como por encanto.

Existem caçadores espertos que com ela estabelecem um trato, tão logo reconhecem seu assobio:

Para evitá-la, deve-se acender foguetes com duas ou três cargas, antes de entrar na mata. Outra maneira, é a defumação com a castanha de cajú ou ainda, a maneira mais fácil, é fazer uma cruz de madeira encontrada na própria mata.

O caçador desprevenido que que aproximar-se o anhangá achando que é um veado e tentar abatê-lo, terá uma desagradável surpresa, pois expelindo fogo pelos olhos, o atacará com incontrolável fúria, despertando um pavor de morte.

Se alguém fizer pouco caso da Anhangá, apanha na hora, sem saber de quem, como se fosse atacado por alguma pessoa armada de um pedaço de pau.

è um bicho feio e estranho pra kct.

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